Nesta quarta-feira
(23), no início da noite, o candidato ao governo do Piauí pelo PSTU, Daniel
Solon, visitou o grupo LGBT Matizes, em Teresina, e assinou um termo de
compromisso com políticas públicas voltadas para Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transexuais e Travestis.
De acordo com
o candidato, dados mostram que o Piauí é um dos estados com maior índice de violência
contra a população LGBT do País. O caso mais recente foi o da travesti Makelly,
brutalmente assassinada na zona sul de Teresina. Para Daniel Solon, além do
combate aos crimes de homofobia e transfobia (ódio a travestis e transexuais) “é
necessário um programa de políticas públicas que visem o atendimento à saúde,
promoção de ações de segurança no combate à violência, políticas educacionais
sustentadas nos princípios da equidade e outras demandas em defesa dos seus
direitos”.
Ele, no
entanto, critica a omissão do Estado tanto em políticas públicas, como em
combate a violência aos LGBTs. “Há meses existe um grupo criminoso que se autodenomina
de Irmandade Homofóbica do Piauí, mas os órgãos de segurança nada avançam em
descobrir quem faz parte dela. A polícia só tem sido rápida mesmo para
criminalizar os movimentos sociais e suas lutas por direitos, como acontece em
todo o país”, afirmou.
O coordenador
da secretaria LGBT do PSTU, Junior Vieira, afirma que essa ação do grupo
Matizes de discutir com os candidatos ao governo e exigir o compromisso com as
suas reivindicações é importante para cobrar uma posição pública dos partidos
sobre o seu programa de governo para o público LGBTs. “Atualmente, os governos
fazem de conta que se importam, mas o que vemos na verdade é o aumento absurdo
do número de assassinatos a gays, além da falta de políticas públicas para os
que estão em situação de total vulnerabilidade e que buscam a prostituição na
maioria dos casos”, ressalta Junior Vieira.
O PSTU
defende a criminalização da homofobia e da transfobia através da aprovação do
PLC 122/09 em seu conteúdo original. Infelizmente, os partidos da bancada
religiosa conservadora e demais partidos de direita, financiados por grandes
empresas e latifundiários, são os que mais se opõem à luta contra a homofobia,
influenciando negativamente as políticas do governo Dilma (PT) e nos estados no
que se refere aos direitos dos LGBTs.