segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Em programa semestral, PSTU denunciará que os governos não ouviram as vozes das ruas



Programa de 5 minutos vai ao ar na próxima terça-feira, 3 de dezembro

No dia 3 de dezembro, terça-feira, será exibido, em cadeia nacional, o programa semestral do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). No horário de Brasília, o programa vai ao ar às 20h30 na televisão. Um pouco mais cedo, às 20h, será veiculado nas rádios.

No programa, o PSTU irá perguntar a população brasileira o que mudou no país após as grandes mobilizações de junho. Durante os 5 minutos, o partido irá demonstrar que a indignação de milhares de brasileiros contra os altos investimentos na Copa, enquanto o serviço público continua de péssima qualidade, segue viva. No entanto, os governos continuam ignorando as vozes das ruas. "Basta você olhar a sua volta e ver a realidade", alerta Amanda Gurgel, professora do Rio Grande do Norte e vereadora do PSTU em Natal.

O partido irá denunciar que a situação que indignou milhares no Brasil continua a mesma. Educação sucateada, professores desvalorizados, caos na saúde. Segundo o PSTU, as forças das ruas reduziram a tarifa do transporte público, mas os governos seguem ignorando as demais reivindicações da população. "O Brasil só mudou numa coisa. O povo foi para as ruas e entendeu que tem força. Os governos não mudaram? Então, em 2014, vamos voltar às ruas", promete Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU.

Durante o programa, o partido denunciará ainda as privatizações realizadas pelo Governo Dilma, a exemplo da entrega da maior reserva de petróleo do Brasil para o capital privado, o Campo de Libra. " O governo Dilma, mostrando que não entendeu os recados da rua, está privatizando o nosso petróleo. Entregou um patrimônio público que vale um trilhão de reais por 15 bilhões", afirma Vera Lúcia, presidente estadual do PSTU em Sergipe. "As privatizações de petróleo e gás entregam nossas riquezas aos grandes grupos estrangeiros e atingem também o Piauí, e com riscos ambientais gravíssimos, através da técnica da extração do gás de xisto denominada de fracking", afirma Daniel Solon, da direção estadual do PSTU no Piauí.

Ainda vai dar tempo de denunciar a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza. Uma das lideranças das mobilizações em Porto Alegre, o jovem Matheus Gomes, vai relatar que teve sua casa invadida pela polícia e, por estar a frente dos protestos, responde a processo por "formação de quadrilha". No programa, o PSTU exigirá dos governos o fim das prisões políticas e da perseguição aos que lutam.

Serviço: Programa semestral do PSTU na TV e rádio
Dia: 3/12, terça-feira
Horário: TV: 20h30/Rádio:20h (horário de Brasília)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Secretaria LGBT do PSTU no Piauí será lançada hoje




O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lança hoje (08), a partir das 18h30, a Secretaria Estadual LGBT do partido no Piauí. A atividade será realizada no quintal cultural da sede do PSTU, localizada na Rua Desembargador Freitas nº 1849 (cruzamento com a rua Arêa Leão), Centro de Teresina. A entrada é franca e aberta a toda a sociedade. 

A solenidade de lançamento da Secretaria LGBT faz parte da programação da edição do projeto Sexta Socialista, projeto promovido pelo PSTU no Piauí, uma vez por mês. Será realizada, na oportunidade, uma roda de diálogo com o tema “Debate LGBT: Reforma ou Revolução?”, com o objetivo de tecer discussões sobre a realidade dos LGBTs na conjuntura atual brasileira e piauiense bem como seus desafios políticos de enfrentamento à discriminação.

A roda de diálogo vai contar com a contribuição e acúmulo de militantes do movimento LGBT no Estado. Dentre os debatedores estarão o bacharel em direito Lourival Carvalho, da juventude do PSOL, a universitária Mary Silva, da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL), além de Herbert Medeiros, do Grupo Matizes, e do professor Júnior Vieira, representante da Secretaria Estadual LGBT do partido. Ao final do debate, haverá atividade cultural.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Secretaria LGBT do PSTU no Piauí será lançada em debate na nesta sexta-feira (08)



O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lançará na próxima sexta-feira (08), a partir das 18h30, a Secretaria Estadual LGBT do partido no Piauí. Para dar visibilidade à discussão da diversidade sexual e fazer o chamado para a organização dos LGBT , os militantes do partido promovem uma roda de diálogo com o tema “Debate LGBT: Reforma ou Revolução?” com o objetivo de tecer discussões sobre a realidade dos LGBTs na conjuntura atual brasileira e piauiense bem como seus desafios políticos de enfrentamento à discriminação.

O debate faz parte da edição do projeto "Sexta Socialista" realizado uma vez por mês pelo PSTU em Teresina. Após o debate, haverá atividade cultural. A roda de diálogo vai contar com a contribuição e acúmulo de militantes do movimento LGBT no Estado. Dentre os debatedores estarão o bacharel em direito Lourival Carvalho, da juventude do PSOL, e a secundarista Mary Silva, da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL); além de Herbert Medeiros, do Grupo Matizes, e do professor Amarildo Júnior, representante da Secretaria Estadual LGBT do partido.

A atividade será realizada no quintal cultural da sede do PSTU, localizada na Rua Desembargador Freitas nº 1849 (cruzamento com a rua Arêa Leão), Centro de Teresina. A entrada é franca e aberta a toda a sociedade.

A homofobia no Piauí como desafio para a organização política

 O Piauí surge no cenário nacional como o estado da federação com os menores índices de criminalidade, situando-se entre os menos violentos se comparado a outros estados brasileiros. Ao mesmo tempo, os piauienses aparecem como os mais homofóbicos do país, registrando altos índices de homicídios contra homossexuais.

Localizada na região mais homofóbica do Brasil, Teresina ainda é considerada a capital mais perigosa do país para homossexuais, com 15,6 homicídios para pouco mais de 800 mil habitantes. A nível estadual, os piauienses vem ocupando uma triste e séria colocação no ranking do número de assassinatos a homoafetivos (LGBT). De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais do Grupo Gay da Bahia (GGB) relativo a 2012, o Piauí é considerado, em termos relativos, o 3º estado mais perigoso para homossexuais, com 15 mortes (4,7 por milhão de habitantes) registradas somente no ano passado.

Segundo o Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis (GPTrans), somente este ano, já foram registrados quatro assassinatos de travestis no Piauí. Dados alarmantes que chamam à atenção para o debate de políticas públicas nos seus mais diferentes âmbitos (educativo, trabalhista, penal, dentre outros) que se apliquem e modifiquem diretamente a triste realidade LGBT.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mulheres piauienses realizam festa para participar de encontro nacional em Minas



Entre os dias 4 e 6 de outubro, em Sarzedo (região metropolitana de Belo Horizonte-MG), será realizado o I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML). No Piauí, 40 mulheres, entre trabalhadoras e estudantes, se preparam para para ir ao evento. O MML no Piauí está realizando diversas atividades financeiras para garantir a participação de toda a delegação piauiense. A próxima atividade é a festa "Mulheres são fortes", que acontecerá no próximo sábado (28), a partir das 20h, no espaço cultural Noé Mendes (da Ufpi), em Teresina.

A festa será animada pela banda Validuaté, Cochá e Café The Foyce. O ingresso custa apenas R$ 10. Já foram realizadas rifas, feijoadas, bazares e pedágios para garantir a compra de passagens e pagamento das taxas de inscrição do evento. Por trazer bandas bastante conhecidas de Teresina, a festa pretende fechar positivamente a campanha financeira com a presença de um bom público.

Dentre os assuntos que serão discutidos no Encontro Nacional do MML estão
 o Estatuto do Nascituro, os ataques dos governos do PT, PSB e PSDB às mulheres trabalhadoras e estudantes, a falta de creches, a violência contra a mulher, a falta de de delegacias 24 horas no Brasil e a necessidade de lutar por salário igual para trabalho igual. O MML é filiado à Central Sindical e Popular - CSP Conlutas.

De acordo com Letícia Campos, da coordenação do MML-PI, "a onda de lutas e manifestações que se desenvolveu em junho a partir da luta contra o aumento das passagens abriu um cenário político muito importante para avançarmos nas lutas pelas reivindicações do conjunto da classe trabalhadora, e também das mulheres trabalhadoras. A luta contra o machismo e pelos direitos das mulheres é de toda classe trabalhadora, ou seja, é de homens e mulheres".
Participe!!!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Categoria bancária se mobiliza e pode entrar em greve dia 19! Todo apoio à luta!

A campanha  salarial dos bancários está posta. O blog do PSTU-PI entrevistou  a ativista de base, bancária da CEF e integrante da CSP Conlutas, Solimar Silva, sobre o assunto.
Blog -  Solimar, a quantas anda a campanha salarial dos (s) bancários (as) 2013?
Solimar – As rodadas de negociação estão acontecendo, mas até o momento os banqueiros/governo não atenderam a nenhuma das reivindicações significativas da categoria. Sem perspectiva de avanço nós decidimos em nível nacional, no último dia 12, deflagrar uma greve por tempo indeterminado, a partir de zero hora do próximo dia 19.
Blog – Quais as reivindicações dos (as) bancários nessa campanha?
Solimar – Reivindicamos principalmente: a contratação de mais bancários (as), fim das metas /assédio moral,  mais investimento em saúde e segurança, estabilidade no emprego, 25% de PLR distribuída linearmente.  Quanto ao reajuste, a Contraf/Cut  reivindica 11,93% enquanto as oposições unificadas,  22%. Outra diferença entre as duas pautas é que a das oposições inclui a reposição das perdas salariais do plano Real e dá um destaque à ISONOMIA (igualdade de tratamento) entre os contratados  antes e depois de 1998, (os contratados após 1998 têm menos direitos),  enquanto a Contraf/Cut não pede a reposição das perdas nem destaca a luta pela ISONOMIA. Além disso, esse ano, a categoria, de conjunto, luta contra a aprovação do PL 4330, que amplia a terceirização em todas as empresas, não só do setor financeiro.
Blog – A propósito desse PL 4330, como você o analisa?
Solimar – Esse projeto de lei proposto pelo dep. Federal e empresário Sandro Mabel PMDB/GO  ameaça mortalmente nossos empregos e inclusive a organização dos trabalhadores (as), na medida em que escancara a terceirização nas empresas. Se aprovado, as empresas podem deixar de fazer concursos e contratar desrespeitando os direitos adquiridos até hoje, frutos de muita luta dos que nos antecederam. Além de acabar com a estabilidade, a garantia de férias remuneradas, pagamento do 13º salário dentre outros direitos.  É por essa razão que a classe trabalhadora, independentemente de central sindical, de partidos ou outras especificidades, deve se unir na luta pelo arquivamento desse PL.
Blog – Como você avalia a atuação da Contraf/Cut, como direção da categoria?
Solimar – Nós entendemos que, quanto mais mobilização, melhor para os (as) trabalhadores (as).  A juventude brasileira demonstrou isso recentemente. Nesse sentido discordamos da postura da Contraf/Cut, por exemplo, de não convocar nenhuma atividade de agitação/construção da greve, entre os dias 12 e  19. Para nós esse é um grande hiato que esfria o clima de greve. Por isso propusemos , uma passeata da categoria para o  dia 17/09, para “esquentar as turbinas” e fortalecer a construção da greve. A direção do sindicato argumentou que não havia mobilização e defendeu passeata apenas após o início da greve. A nós, restou divulgar a greve junto aos clientes e à população. É o que estamos fazendo.
Blog – Você teria algo a acrescentar a essa entrevista?
Solimar – Nós da CSP Conlutas reafirmamos que a base da categoria precisa assumir sua responsabilidade na luta por seus direitos. Conclamamos os (as) bancários (as) a participarem de todas as atividades dessa campanha nacional, pois quem deve decidir os rumos do movimento é a base, não a direção do movimento. A participação de todos (as) é fundamental para construirmos uma forte pressão aos banqueiros/governos para atenderem nossas reivindicações. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.  A luta é tarefa de todos (as).     

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Programe-se: Dia 13, Sexta Socialista no Quintal Cultural do PSTU



Olá!

Convidamos você para mais uma edição do projeto cultural Sexta Socialista, que acontecerá dia 13 de setembro, às 18h30, na sede do PSTU de Teresina (Rua Desembargador Freitas, 1849, no cruzamento com a rua Area Leão, centro).

O projeto sempre é aberto com um debate. Desta vez o tema é "Socialismo versus Anarquismo - sobre novas e velhas polêmicas". A atividade é aberta ao público em geral.

Logo após o debate, o Quintal Cultural do PSTU vira palco de apresentações artísticas, com música ao vivo. Haverá venda de bebidas e comidas típicas.

Participe e convide amigos/as!

Até lá!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

7 de setembro: Lutar por uma verdadeira soberania, contra a privatização do petróleo!

Leia aqui matéria sobre o maior leilão de petróleo na história, que está prestes a acontecer e que também afetará o Piauí. 

Nesta semana, daremos prosseguimento ao calendário de mobilizações sociais por verdadeiras mudanças no país.

Em Teresina, participaremos do Grito dos Excluídos, que neste ano acontece dia 6 de setembro, saindo cedinho da manhã, às 6h, da sede do Incra (Av. Odilon Araújo, 1296, bairro Piçarra, Teresina-PI). O evento é convocado pelas pastorais sociais, Cáritas, e conta com a participação da CSP Conlutas, Anel e outras entidades.

No dia 7, em todo o país, haverá manifestações paralelas ao desfile militar. Em Teresina, também haverá manifestações na manhã do dia 7, com concentração às 8h, em frente ao TRE, próximo a Av. Marechal Castelo Branco, onde acontece a Marcha dos Indignados por transporte, água, luz (e contra a privatização da Agespisa) que contará com a presença de militantes do PSTU, ativistas independentes, sindicalistas, movimento estudantil.

Ao final da marcha dos indignados, haverá feijoada promovida por trabalhadoras da educação estadual que fazem campanha financeira para participarem do I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML), em Belo Horizonte.

O PSTU, gentilmente, cedeu o espaço "quintal cultural" da sede do partido, para a realização da feijoada (a partir das 11h, no cruzamento das ruas Area Leão e Desembargador Freitas, centro de Teresina) e convida amigos, militantes e simpatizantes a participar da atividade em apoio ao MML-PI. Ah, nesta quinta-feira (05), no espaço cultural Noé Mendes (UFPI), também haverá festa, a partir das 20h. A renda é parte da mesma campanha para o encontro do MML.

Já no dia 13 de setembro, à noite, haverá Sexta Socialista, na sede do PSTU-PI, a partir das 19h. Antes de confraternização e atividade cultural, haverá debate "Socialismo versus Anarquismo - sobre novas e velhas polêmicas". 

Programe-se e participe!
Convide também amigos/as!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Contra o Assédio Moral! Pelo fim das calúnias!


O PSTU informa que o professor Renato Veloso, diretor da escola municipal Camilo Filho, em Teresina, acusado de cometer assédio moral contra professoras da mesma escola,  não pertence ao quadro de militantes e filiados do PSTU. Ele é formalmente filiado ao PSOL.

O PSTU repudia a atitude de Renato Veloso e se soma às professoras, exigindo  apuração e punição  de todos os envolvidos. E informa também que no dia 28.08 (última quarta-feira), os dirigentes do Sindserm ligados ao PSTU se reuniram com as professoras que denunciaram o assédio e com o professor Renato para exigir providências.

Na reunião, os militantes do PSTU afirmaram que vão levar o caso para uma assembleia geral do Sindserm e defenderão a saída do professor Renato da diretoria da entidade, em virtude de práticas incompatíveis com o programa e a política da diretoria.

Além das medidas já tomadas, os militantes do PSTU  exigiram um protocolo de conduta por parte do professor Renato, sob pena de, em caso de descumprimento, outras possíveis sanções possam ser adotadas e aprovadas nas devidas instâncias do sindicato.

Os membros  do PCO,  APS-PSOL e CSOL-PSOL (que fazem parte da diretoria do Sindserm junto com o PSTU) sabem que o professor Renato Veloso é filiado formalmente ao PSOL e há mais de um ano não tem relações políticas com o PSTU e nem com a CSP-CONLUTAS, central a qual o Sindserm é democraticamente filiado e que repudia práticas dessa natureza.

Infelizmente, ao invés de unirem todas as forças para defender as professoras, utilizam esses fatos graves para caluniar o PSTU e a CSP-CONLUTAS que nada têm a ver com isso. 

O PSTU repudia a política deliberada de calúnia por parte do PCO, APS e CSOL, como método de disputa política no movimento sindical. Tal prática visa confundir a categoria de servidores municipais, mas na verdade serve aos interesses da direita do movimento sindical que está ávido para retomar a diretoria do Sindserm e colocar a entidade novamente sob controle da prefeitura, hoje ocupada pelo PSDB.

Contra o Assédio Moral!

Pelo fim das calúnias!

Por um processo eleitoral limpo e democrático no Sindserm!


Militantes de base do PSTU que atuam no serviço público municipal de Teresina

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Unir as mobilizações no dia 30 de agosto


Depois das gigantescas passeatas de junho e do ensaio de greve geral de 11 de julho, agosto promete dar continuidade ao novo momento que vive o país

A imprensa e o governo estão mostrando a realidade atual como uma “volta à normalidade”, porque já não se vê mobilizações do porte das de junho. É apenas mais uma tentativa de tentar fazer parecer que a situação retrocedeu para aquela anterior.
No entanto, houve uma mudança na situação do país, acabando com a estabilidade política que existia. Mudou a relação de forças na sociedade: antes de junho, as classes dominantes reinavam tranqüilas. Agora, existe uma ofensiva das massas e uma postura defensiva dos governos e das grandes empresas.
Isso pode ser comprovado com facilidade. Algumas centenas de pessoas ocupam Câmaras de Vereadores, e a polícia não se anima a reprimir. Um pequeno grupo pode parar a Avenida Paulista – o santuário do capital financeiro – a qualquer momento. Isso ocorre porque existe um grande apoio da população às mobilizações. Uma repressão poderia desencadear lutas muito maiores.
Hoje, as manifestações não têm a característica de antes, com as passeatas unificadas. Mas têm a radicalidade do momento atual, ainda assustando os governos, o que lhes dá muito mais possibilidades de vitórias do que antes de junho. É o momento em que os movimentos sociais devem ir à luta para conseguir que suas reivindicações sejam vitoriosas.
Muitas dessas lutas já estão em curso, algumas se iniciam. No Rio, o “Fora Cabral” reúne distintos setores e pode se massificar. Os estudantes retomam as aulas e continuarão a luta pelo passe-livre. Novas câmaras de vereadores podem ser ocupadas. Os trabalhadores, em suas distintas categorias, estão preparando campanhas salariais.
As centrais sindicais chamaram um novo dia nacional de paralisações, no dia 30 de agosto, que pode unificar todas essas mobilizações. Podemos ter mais greves que no dia 11 de julho, com a incorporação das campanhas salariais, junto com grandes mobilizações da juventude pelo passe-livre e tantas outras reivindicações. Agosto pode ser uma combinação de junho e de julho.
A crise de Dilma
O governo Dilma Rousseff (PT) foi desgastado pelas mobilizações de junho e não se recuperou. Apesar da política da CUT e do PT, as últimas pesquisas indicam que já existe uma desaprovação majoritária ao governo.
Isso se estende aos governos municipais e estaduais. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), é o recordista de impopularidade, com 12% de aprovação. Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, tem o apoio de apenas 18% do povo. Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, tem 26%. Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, só 25%.
A grande burguesia aceitava e apoiava o PT no governo porque este garantia a estabilidade econômica e política do país e os altíssimos lucros deles. O PT continua garantindo os lucros, mas não a estabilidade. Por isso, começa a haver divisões entre a burguesia. Dilma começou a enfrentar oposição das grandes empresas, embora ainda tenha um grande apoio desses setores. A imprensa começou a ser mais hostil com Dilma, e a base governista no Congresso está em rebelião aberta.
Dilma reage à divisão da burguesia fazendo mais concessões ao capital financeiro. Retomou a alta da taxa de juros, reiterou a meta de superávit primário, de 2,3%, com consequente corte de gastos públicos. Isso se choca com as promessas de concessões ao movimento de massas, como mais verbas para gastos sociais.
A resposta do governo perante as mobilizações aumentou a crise. A primeira proposta de constituinte foi detonada em apenas um dia. A segunda, do plebiscito, acabou também derrotada pela base governista no Congresso. A política social mais importante – o plano para a saúde – é contestada abertamente pelas entidades médicas, com passeatas e greves nas ruas. Pode ser que acabe também em derrota do governo. Não existe uma resposta política clara perante a crise aberta em junho.
Elementos de crise na democracia dos ricos
A ofensiva das massas se chocou com as instituições da democracia burguesa. Não se visualiza, no entanto, uma alternativa a elas mais avançada. A democracia dos ricos não representa o clamor das ruas.
Porém se expressa, no Brasil, uma das consequências da restauração do capitalismo no Leste europeu, com o retrocesso da consciência dos trabalhadores e da juventude. A atual inexistência de sociedades não capitalistas e a ação das direções reformistas levam a um horizonte estratégico limitado às democracias. Mesmo quando se questiona a democracia burguesa, não consegue se enxergar alternativa a ela. Embora exista um enorme repúdio aos partidos, ao Congresso, aos “políticos” etc., ainda se reivindica apenas a radicalização da democracia.
A ruptura com a CUT e o PT
A reorganização mais importante do movimento de massas desde o fim da ditadura militar foi a provocada pelo grande ascenso operário da década de 1980, que gerou a CUT e o PT. Foi um processo apoiado nas grandes lutas do proletariado brasileiro e gerou um dos maiores partidos operários de todo o mundo, levando Lula ao governo em 2002.
Hoje, no entanto, o PT e a CUT se transformaram no maior freio do movimento de massas já visto na história desse país. Desviaram grandes mobilizações políticas, como o “Fora Collor”, que terminou na posse do vice Itamar, e o “Fora FHC e FMI”, canalizado para a eleição de Lula.
Com Lula e Dilma no poder, o PT e a CUT convenceram, por dez anos, os trabalhadores a esperar pequenas concessões, enquanto asseguravam gigantescos lucros para as multinacionais. Agora, isso está em crise.
As mobilizações de junho aconteceram sem os aparatos, em particular da CUT e do PT. A CUT não pode evitar a greve do dia 11 de julho, nem que essa mobilização se chocasse com o governo Dilma. A ofensiva das massas vai destruindo a hegemonia de 30 anos do PT e da CUT entre os trabalhadores. Não está completa essa ruptura, mas se iniciou um processo histórico.
Esse processo também está em curso na juventude trabalhadora. Não parece haver ainda uma ruptura majoritária com o governo Dilma nem com o PT na classe operária, mas, aparentemente, existe uma forte crise com o governo de um amplo setor. Uma alternativa também não se viabilizou ainda por causa do medo da direita. Pode ser que essa crise avance até uma ruptura, ou pode ser que haja uma recomposição do governo. Isso poderia ocorrer caso vingasse o projeto Lula em 2014.
Caso acabe a hegemonia reformista do PT e da CUT, existe a possibilidade de massificação de alternativas, como a CSP-Conlutas e a ANEL.
Publicado no Opinião Socialista 465

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

RAP de “A Irmandade” nos faz perguntar: Amarildo tem quantos irmãos em Teresina?

Por Daniel Solon, militante do PSTU



A polêmica recente sobre a letra “Ira”, do grupo de rap “A irmandade”, trouxe à tona o debate sobre como a polícia (militar ou civil) age contra negros e pobres moradores da periferia de Teresina. 

Longe de ser apenas um desabafo do rapper Preto Kedé, que afirma ter sofrido na pele até agressões físicas em baculejos (abordagens de revista policial) pelo Rone (agrupamento de rondas da PM), a música denuncia, na verdade, o cotidiano de violência e truculência vivido pela juventude pobre, seja “na quebrada” ou “no asfalto”, em todo o país.

Depois de ganhar as mídias sociais, o rap acabou recebendo espaço repentino em canais de TV, jornais e emissoras de rádio locais, que trataram, em grande maioria, de retratar a música “Ira” como ameaça pessoal aos comandantes do Rone (Avelar e Abreu), citados na letra. “Criminosos fazem rap ameaçando policiais do Rone” foi uma das manchetes na mídia local.

A criminalização da pobreza e do povo negro não é novidade. Faz parte inclusive do caráter racista e fascista dos aparelhos de repressão estatal que agem autoritariamente. E, não raro, como denuncia “Ira”, há “bandidos fardados” que estão envolvidos em “esquadrões da morte”, em sumiços de pessoas tidas como suspeitas. O caso do pedreiro Amarildo, morador da favela Rocinha (Rio de Janeiro), é prova disso. Ele desapareceu depois de ter sido levado por policiais, para depoimento. Devido às mobilizações populares, que questionam “Onde está Amarildo?”, estão sendo questionados, em escala internacional, os métodos da PM, ainda impregnada do que foi a ditadura militar.

Nas manifestações populares recentes, seja em Teresina, ou em São Paulo, a violência policial mostra o mesmo ranço autoritário. Por essas e outras que até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) prega o fim da PM.

A população precisa de segurança pública. Isso é fato. Mas precisamos desta polícia tal qual a conhecemos hoje? A PM não tem conserto. É preciso extingui-la. No lugar dela, uma polícia desmilitarizada, controlada diretamente pela população e pela classe trabalhadora, com chefes que devem ser eleitos diretamente.

“Ira” mostra a vida da juventude favelada, acostumada a ver muitas viaturas policiais atrás de suspeitos, “quase todos pretos”, como Amarildo e Kedé, diria Caetano Veloso. O rap constata que para as “blazers” da PM, os buracos, grotões e lamaçais não são problema. Pena que nas quebradas não chegam ônibus escolares, caminhões de lixo e ambulâncias.

É preciso garantir plena liberdade de expressão à juventude, seja ela do movimento Hip Hop ou não. É preocupante como “A Irmandade” vem sendo tratada também no perfil de facebook do Rone. Quando um internauta afirmou que o grupo iria ficar famoso, o “Rone” respondeu: “na cadeia”.

Vou repetir aqui o que escrevi no twitter: Salvem o RAP e a juventude da periferia de Teresina. Se depender do Rone, só terá R.I.P*...

R.I.P: do inglês, Rest in peace, ou simplesmente “Descanse em Paz”

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Sexta à noite? A boa é o projeto Sexta Socialista: bate-papo político, apresentações culturais...

 
O PSTU Piauí convida você trabalhador/a e estudante a discutir conosco sobre as manifestações que ocorrem em todo o país.

Queremos sua opinião sobre o que está acontecendo e queremos debater a necessidade de um programa Socialista para o país. 

O professor de história da Uespi, Gisvaldo Oliveira é quem irá abrir o debate. Após o bate-papo, uma balada livre para balançar os esqueletos, com mix musical do DJ Ismael e da DJ Mary.
Projeto Sexta Socialista:

Dia 2 de agosto, às 18h30
Local: sede do PSTU Teresina: Rua Desembargador Freitas, 1849, "X" com rua Area Leão, centro.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

PSTU inaugura Sede em Parnaíba-PI


  • Neste sábado, 27/07, às 18h30min, acontecerá em Parnaíba-PI a inauguração da sede do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU. No lançamento ocorrerá também um debate com o tema: “O povo na rua e a nova situação política no País” e logo após uma atividade cultural. De acordo com Daniel Solon, direção estadual do PSTU, o lançamento da sede em Parnaíba é resultado do esforço de vários militantes que há algum tempo se organizam na cidade, além de ser um local de referencia para trabalhadores(as) e estudantes que simpatizam com o programa do partido. "É um momento importantíssimo, para organização e fortalecimento de nosso partido no Piauí", afirma. O PSTU é um partido formado por mulheres e homens comprometidos com a luta por um mundo mais justo e igualitário, um mundo socialista. Ao contrário dos demais partidos, o PSTU não prioriza as eleições, mas a ação direta como meio de transformar a realidade em que vivemos. É um partido composto por militantes que atuam no movimento sindical, estudantil e popular. Convidamos todos(as) a conhecerem o PSTU! Endereço: Rua Franklin Veras, 505 C, Bairro Nossa Senhora de Fátima (Próx. ao cruzamento com a AV. São Sebastião).

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Participe da Sexta Socialista! 02 de Agosto!

 
O PSTU Piauí convida você trabalhador e estudante a discutir conosco sobre as manifestações que ocorrem em todo o país. Queremos sua opinião sobre o que está acontecendo e queremos debater a necessidade de um programa Socialista para o país. O professor de história da Uespi, Gisvaldo Oliveira é quem irá abrir o debate. Após o debate, uma balada livre para balançar os esqueletos, com mix musical do DJ Ismael e da DJ Mary.

Nem a direita, nem o PT! Trabalhadores no poder!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Com maquiagem de “subdelegação”, Governo Wilson (PSB) quer privatizar a Agespisa


O governo Wilson Martins (PSB/PMDB/PT/PCdoB/PSDB) retomou com toda a força o projeto de privatização dos serviços de abastecimento de água e saneamento no Piauí. A proposta inicial de “subdelegação” da Empresa de Águas e Esgoto do Piaui S.A (Agespisa) foi lançada ainda em novembro de 2012. Sem apoio popular e devido às denúncias feitas pelos movimentos sociais e ao questionamento do Ministério Público, Wilson Martins parecia ter recuado na proposta.

Na verdade, Wilson Martins tentava apenas ganhar tempo e agora busca novamente ganhar a opinião pública para que o projeto de privatização seja aceito sem grandes resistências. Para isso, contratou uma “consultoria” junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV), teoricamente para estudar a viabilidade do projeto de “subdelegação” no Piauí. Na prática, porém, o governo Wilson apenas comprou um relatório supostamente “técnico” da FGV, para tentar respaldar a posição política neoliberal de entrega dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto para grandes empresas privadas. A nova investida de Wilson Martins veio juntamente com ameaça de demissões de servidores da Agespisa, através de um Programa de Demissões 'Voluntárias' (PDV), nos mesmos moldes do que representou a ruína de milhares de famílias durante o governo Mão Santa (PMDB).

A partir do relatório 'sob encomenda' da FGV, o governo tenta passar a imagem de que a privatização dos serviços é única saída para que se resolva o caos no serviço de abastecimento de água em vários pontos de Teresina em todo o Piauí. Wilson se aproveita ainda da disposição de grande parte da mídia local em defender tal proposta, usando o justo sentimento de revolta da população que há anos sofre com a falta de água encanada e ausência de política de saneamento básico no Estado. Ou seja: em vez de mostrar a subdelegação como a entrega do patrimônio público para grandes empresários, a maior parte dos meios de comunicação venderá a ideia de que a Agespisa 'não tem mais jeito' e que as empresas privadas são mais eficientes para garantir a qualidade no abastecimento.

Sucatear empresas públicas e usar a manipulação dos meios de comunicação foram as táticas usadas pelo governo FHC (PSDB) para implementar o processo de privatização de empresas estatais e serviços públicos. Infelizmente, também fazem parte desta política privatizante a venda do Banco do Estado do Piauí (BEP), o fechamento da COHAB etc, nos governos estaduais de Wellington Dias e as “concessões” de portos, aeroportos e leilões de reservas de petróleo e gás natural, nos governos Lula e Dilma, todos eles do PT.

A subdelegação é apenas um nome menos chocante para esconder o que realmente é: a privatização de um serviço essencial, que fará com que a água deixe de ser um direito para se transformar em uma cara mercadoria. Se o projeto for aprovado, a Agespisa entregará, a custo zero, grande parte do patrimônio público para a companhia privada que for contratada pelo governo. E mesmo passando estações de tratamento, caixas d'água, redes de abastecimento e de esgoto para as empresas privadas, a Agespisa comprará a água, com preço altíssimo, repassando a conta para a população.

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB) disse que a Arsete (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina) estudará o relatório da FGV antes de se posicionar sobre a “subdelegação”. É mais um jogo de cena, antes de o tucano apoiar a privatização. Basta ver que a prefeitura de Teresina, que tem o poder de dar a concessão do serviço no município, concordou recentemente com o reajuste de 6,5% na tarifa de água e esgoto, mesmo com a baixa qualidade dos serviços prestados à população.

Para resolver o problema da falta de abastecimento d'água e ampliar o serviço de saneamento em Teresina e em todo o Piauí, ao contrário do que defende o governo, a solução é recuperar a Agespisa e garantir investimento maciço de recursos públicos em rede de abastecimento de água e saneamento, com controle dos trabalhadores e da população usuária. Dinheiro tem. O governo Wilson fez vários pedidos de empréstimos milionários nos últimos anos, aumentando o endividamento público para fazer obras em benefício do agronegócio e mineradoras. É preciso parar de pagar a dívida pública e investir o dinheiro nos serviços públicos.

Ao mesmo tempo, é necessário realizar concursos públicos para contratação de pessoal qualificado e fechar a torneira das terceirizações da Agespisa. A terceirização é um canal aberto para corrupções de diversos tipos. Além disso, é preciso investigar e punir os responsáveis pelos sucessivos rombos nos cofres da Agespisa, que há décadas vem sendo saqueada pelos sucessivos governos. Prisão e confisco dos bens de corruptos e corruptores!

Não à privatização da água!

Por uma Agespisa 100% estatal!

Pela unidade dos movimentos sociais e da esquerda socialista contra a privatização!

Teresina, 16 de julho de 2013

Direção Estadual do PSTU no Piauí

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Companheiro Patrick, seu grito por justiça social não se calará!

Foto: Portal O Dia
Os milhares de ativistas que estão nas ruas em defesa de direitos sociais, no Piauí, acompanhavam pelo noticiário, desde 26 de junho, a luta de um jovem de apenas 14 anos para sobreviver.

No dia 7 de julho, lamentavelmente, o estudante Paulo Patrick, que foi atropelado durante uma manifestação na Av. João XXIII, em Teresina, faleceu em decorrência principalmente dos graves ferimentos na cabeça. De acordo com relatos de manifestantes, Patrick tentava fugir da repressão policial quando foi violentamente colhido por um taxista. Outros estudantes escaparam por pouco do atropelamento.

Poucos minutos antes de ser atropelado, Patrick havia concedido entrevista a uma emissora de TV. Ele falava, com grande entusiasmo, dos motivos que estão levando milhares de pessoas às ruas, de norte a sul do país: a necessidade de se garantir transporte público de boa qualidade, justiça social, mais investimentos em educação e saúde públicas. Falava também contra a repressão policial que tem sido prática corriqueira das forças da segurança pública (PM) do governo Wilson Martins (PSB) aos movimentos sociais.

A morte de Patrick causou muita revolta e comoção para os ativistas de movimentos sociais, não só do Piauí. Ele é a sétima vítima fatal no país, desde junho, quando começaram as grandes mobilizações sociais que sacodem o Brasil. Tais “fatalidades” são parte da política de vários governos (do PT, PSDB, PSB) em quererem calar à força os movimentos sociais, como acontece nas greves das obras do PAC, do governo federal. Antes de serem “acidentes” (atropelamento, quedas de pontes e viadutos etc), tais mortes se dão em conseqüência, em último caso, à forma como o sistema capitalista e a “democracia burguesa” tratam as manifestações sociais: com muita violência e criminalização. 

A mobilização social e a disposição de querer mudar o país não podem receber a culpa pela morte de Patrick. Mas ao invés de se combater a violência policial e abordar as manifestações de rua como uma necessidade para se conquistar as verdadeiras mudanças, grande parte da mídia local vem fazendo uma campanha de amedrontamento para que pais e mães de jovens tentem convencer os filhos a não se manifestarem, usando o trágico acontecimento envolvendo Patrick. 

Aos pais do jovem Patrick e aos parentes e amigos dele, manifestamos nossa mais sincera solidariedade. Patrick não era filiado a nenhum partido e não participava organicamente de nenhum movimento social, assim como milhões que vão às ruas no Brasil. No entanto, por fazer parte de uma mesma causa e por acreditar que as verdadeiras mudanças virão das ruas, Patrick pode ser chamado de companheiro.

Companheiro Patrick, seu grito por justiça social não se calará. Ele ecoa juntamente com o grito dos que lutam em Teresina, em São Paulo, no Egito, ou na Síria por um mundo melhor.

Companheiro Patrick, presente! 

Teresina, 10 de julho de 2013.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU

sexta-feira, 14 de junho de 2013

PSTU chama teresinenses a ficarem em alerta contra o aumento das passagens e defende criação de empresa pública


A luta contra o aumento do preço da tarifa de transporte está tomando as ruas de várias capitais no Brasil. Teresina, que nos anos de 2011 e 2012 viveu intensas mobilizações contra o aumento das passagens, pode voltar a ter manifestações nas ruas a qualquer momento. A covarde e violenta repressão policial em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, mostra que os governos do PT, PSDB, PMDB, dentre outros, estão unidos em favor do lucro das empresas de transporte e contra a população, que sofre com péssimos serviços e com passagens caríssimas. Em Teresina, já há nova ameaça de reajuste de tarifa do transporte. É necessário que toda a população teresinense fique em alerta e, se necessário, rearticule a luta contra  aumento das passagens em nossa cidade, voltando às ruas com manifestações”, afirma Daniel Solon, dirigente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) no Piauí.

Para o PSTU, é possível que a juventude e a classe trabalhadora teresinense volte a se manifestar nas ruas da cidade, seja para evitar qualquer aumento da passagem e ou também em solidariedade ativa aos que lutam contra o aumento das passagens em outras cidades. De acordo com Daniel Solon, o prefeito Firmino Filho (PSDB) já anunciou que aumentará o preço das passagens de ônibus assim que fizer o processo de licitação para concessão das empresas privadas para atuarem em Teresina.

“Ou seja, se no ano passado o ex-prefeito Elmano Ferrer (PTB) usou a desculpa de uma falsa integração para enganar o povo e aumentar a passagem, agora Firmino quer usar a desculpa da licitação para aumentar ainda mais os lucros dos empresários”, afirma Daniel Solon, que participou ativamente das lutas contra o aumento da passagem em Teresina juntamente com centenas de ativistas ligados ao Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, dentre outras entidades, e ativistas independentes. “Vários manifestantes da luta contra o aumento ainda hoje respondem a processos por terem exercido o direito de lutar. Isso é um total absurdo e autoritarismo. Aqui, ou em São Paulo, os governos criminalizam os movimentos sociais, contando inclusive com o apoio das forças de repressão do governo Dilma (PT)”, continuou.

“O que Firmino Filho deveria fazer era reduzir e congelar o preço da passagem, já que houve recentemente uma redução de impostos por parte do governo federal”, completa. De acordo com o PSTU, a licitação não resolverá o problema do caos do transporte público em Teresina. “Na verdade, no máximo, vai tirar a concessão de uma empresa, para entregá-la a outra. É preciso, na verdade, atacar o lucro das empresas ligadas ao Setut”, disse Daniel Solon.

O PSTU defende que a prefeitura de Teresina rompa os contratos com o Setut e crie uma companhia municipal de transporte público. Desta forma, com a municipalização total da frota, será possível prestar serviço de melhor qualidade, com tarifa mais baixa, e garantir passe-livre para estudantes e desempregados. Também defende a ampliação do metrô para atendimento a outras regiões de Teresina.


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terça-feira, 11 de junho de 2013

Hoje tem PSTU no rádio e na TV!



O programa do PSTU, que vai ao ar hoje (11/06) às 20h30 na TV (e às 20h no rádio), vai mostrar que, apesar do tom otimista que cerca a preparação dos grandes eventos no país, o Brasil continua um dos países mais desiguais do mundo, os serviços públicos permanecem à míngua e os nossos recursos seguem sendo entregues ao capital estrangeiro, como é o caso do leilão do petróleo e a desnacionalização da Petrobrás.

Ajude a divulgar entre os amigos, por email, pelas redes sociais etc o nosso programa de rádio e TV!
E atenção! Amanhã,12/06, pela manhã, em Teresina, faremos panfletagem no centro da cidade (Praça da Bandeira). O ponto de encontro dos militantes e simpatizantes é a sede do partido (cruzamento das ruas Area Leão com Desembargador Freitas), às 7h30! 

Participe!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Em meio à preparação da Copa, o PSTU vai à TV dizer: torço por um Brasil justo e soberano

Na próxima terça, tem programa do PSTU no rádio e TV

Em meio aos preparativos da Copa do Mundo no Brasil, momento em que o ufanismo é insuflado para passar a idéia de que está tudo bem e esconder as mazelas sociais, o PSTU dedica seu programa semestral para dizer: vamos torcer pela seleção, mas também por um Brasil mais justo e soberano.
O programa, que vai ao ar no dia 11 de junho às 20h30 na TV (20h no rádio), vai mostrar que, apesar do tom otimista que cerca a preparação dos grandes eventos no país, o Brasil continua um dos países mais desiguais do mundo, os serviços públicos permanecem à míngua e os nossos recursos seguem sendo entregues ao capital estrangeiro, como é o caso do leilão do petróleo e a desnacionalização da Petrobrás. (Matéria completa: clique aqui!)

E no dia 12 (quarta), pela manhã, em Teresina, faremos panfletagem no centro da cidade (Praça da Bandeira). O ponto de encontro dos militantes e simpatizantes é a sede do partido (cruzamento das ruas Area Leão com Desembargador Freitas), às 7h30! Participe!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PSOL e PCO patrocinam falsificação grosseira para caluniar o PSTU em Teresina


O vídeo postado na internet por membros do PSOL e do PCO, denunciando uma suposta situação de assédio moral por parte do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (SINDSERM-THE), consiste numa falsificação digna da política stalinista, dentro do movimento sindical.

Montado e dirigido por Landin/Dever de Classe, afastado do PSTU há alguns anos justamente por insistir em utilizar a calúnia como método de luta política, o vídeo tenta passar uma série de falsas conclusões, a partir da manipulação de imagens de uma discussão entre diretores do SINDSERM, intercaladas com depoimentos de mulheres militantes do PSOL.

A verdade é que por volta das 14 horas do dia 09 de maio de 2013, 8 membros dessas agremiações - composta por 4 homens e 4 mulheres - adentraram no SINDSERM e cercaram o tesoureiro do sindicato, Raimundo Brito, na sala de reuniões para pressioná-lo e intimidá-lo, para que passasse por cima de uma decisão da Comissão Provisória de Finanças da Greve, eleita em assembleia, que determinava auxiliar financeiramente servidores(as) que tinham descontos em seus contracheques, por causa da greve.

O grupo, composto por militantes do PSOL (APS e CSOL) e o PCO, tinha a intenção de fazer com que o tesoureiro do Sindserm, Raimundo Brito, efetuasse “devoluções” indiscriminadas dos valores descontados pelo prefeito nos contracheques dos grevistas. O objetivo seria jogar a categoria contra a Direção do sindicato, mentindo para a base de que a assembleia aprovou pagamento integral pra todo mundo e que a Direção estaria se negando a cumprir a decisão.

Caso Brito cedesse à pressão exercida pelos 8 membros do PCO/PSOL, além de passar por cima da Comissão eleita em assembleia, estaria abrindo um precedente perigoso, uma vez que o sindicato não poderia competir com o poder de descontos da Prefeitura e ainda estaria inviabilizando o seu próprio funcionamento, como o pagamento dos seis funcionários e assessorias, por exemplo (essa era a intenção do grupo). Com essa superioridade numérica de 08 contra 02, cai por terra o argumento de que o Sinésio (PSTU) estaria assediando moralmente a vice-presidente Maria Luiza (PSOL).

Na verdade, em nenhum momento existe ameaça, por parte do Presidente, ou qualquer imposição física ou de qualquer ordem à militante do PSOL. Além disso, Maria Luiza (PSOL) que se diz assediada moralmente, estava segurando Chiquinho (PSOL) o tempo inteiro, pois o mesmo ameaçava agredir fisicamente a Sinésio (PSTU). Mesmo na vídeo-montagem feito pelo Dever de Classe/Landin é possível perceber que, quando Maria Luiza (PSOL) se aproxima de Sinésio, este recua e dirige-se a Chiquinho (PSOL). TUDO ISSO PODERÁ SER VERIFICADO SE O DEVER DE CLASSE/LANDIN TIVER A CORAGEM DE MOSTRAR O VÍDEO FEITO POR ANA CRISTINA (PSOL) NA ÍNTEGRA.

Em momento nenhum qualquer uma das mulheres foi chamada de “ladrona” como afirma Ana Cristina (PSOL). Na própria vídeo-montagem isso não é mostrado, porque simplesmente não ocorreu. O mais irônico é que nesta gravação é possível identificar o assédio moral realizado pelos(as) caluniadores(as) contra Carla Mata, contadora do SINDSERM. Na gravação de áudio que está com a contadora, Chiquinho (PSOL) chega a esmurrar a mesa de Carla. Com a pressão, Carla convocou os membros da Comissão eleita em assembleia para a noite daquele mesmo dia 09 de maio, quando fizeram mais uma ata e desfizeram a Comissão, por receio e represálias do PCO e PSOL. Disponibilizamos o arquivo de aúdio na íntegra aos interessados por e-mail.

Landin/Dever de Classe e Lourdes Melo (PCO) são ex-militantes do PSTU. Ambos foram afastados do partido há vários anos justamente por insistirem em utilizar a calúnia e a difamação como método de luta política. Agora querem atingir o PSTU porque sabem que esta organização não admite práticas como as que estão acusando indevidamente. O pedido de providências feito no vídeo pressupõe como verdadeira uma acusação que não tem fundamento. Uma manobra típica de quem tenta manipular uma informação.

Para nós, do PSTU no Estado do Piauí, não temos como dialogar com quem se utiliza de subterfúgios, calúnias e truncagens eletrônicas para falsear fatos políticos. Só a verdade é revolucionária.



Direção Estadual do PSTU

Teresina, 22 de maio de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Para termos transporte público de boa qualidade e salário digno para os rodoviários, é preciso atacar o lucro do Setut

Pela municipalização da frota de ônibus de Teresina, com a criação de empresa pública municipal!

Os trabalhadores rodoviários de Teresina estão em campanha salarial. Assim como a grande maioria da população teresinense, os motoristas e cobradores de ônibus sofrem no dia a dia para sobreviver com salários baixíssimos, que estão corroídos pela inflação gerada pela política econômica do governo Dilma (PT), ditada pelos países mais ricos do mundo. Mesmo com grande arrocho salarial, a categoria rodoviária reivindica apenas 15% de reajuste, mas os empresários, cada vez mais ricos, oferecem muito menos que isso: 8,5%. Devido a intransigência da patronal (ligada ao Setut), já há previsão de greve dos rodoviários para a próxima segunda-feira.


O prefeito Firmino Filho (PSDB) tem feito declarações a imprensa afirmando que o Setut tem interesse na greve dos rodoviários, para querer forçar novo reajuste da passagem de ônibus em Teresina, que é caríssima tendo em vista a péssima qualidade dos serviços e dos curtos trajetos das linhas municipais. Desta forma, o prefeito quer jogar a população contra a luta dos motoristas e trocadores de ônibus por melhores salários e condições de trabalho, ao mesmo tempo em que faz jogo de cena para parecer independente das empresas de ônibus que há duas décadas vem sendo beneficiadas pelos governos do PSDB.


Firmino, no entanto, está preparando a farra dos empresários, às custas do sufoco da população teresinense. Ele inclusive já anunciou que aumentará a tarifa assim que fizer o processo de licitação para concessão das empresas privadas para atuarem em Teresina. Ou seja, se no ano passado o ex-prefeito Elmano Ferrer (PTB) usou a desculpa de uma falsa integração para enganar o povo e aumentar a passagem, agora Firmino quer usar a desculpa da licitação para aumentar ainda mais os lucros dos empresários.


A licitação não resolverá o problema do caos do transporte público em Teresina. Na verdade, no máximo, vai tirar a concessão de uma empresa, para entregá-la a outra. É preciso, na verdade, atacar o lucro do Setut e garantir, de imediato, salário digno para os trabalhadores rodoviários, ao mesmo tempo em que se congela o preço da passagem. Mas é preciso ir além disso. É necessário que a prefeitura de Teresina rompa os contratos com o Setut e crie uma companhia municipal de transporte público. Desta forma, com a municipalização total da frota, será possível prestar serviço de melhor qualidade, com tarifa mais baixa, mesmo que o mísero reajuste de 15% nos salários dos trabalhadores rodoviários (tal qual a categoria reivindica) seja implementado.


O PSTU manifesta total apoio à luta da categoria rodoviária e conclama toda a população a ficar atenta contra qualquer tentativa de aumento da passagem de ônibus. Por isso, é importantíssima a rearticulação dos movimentos sociais em Teresina que fizeram a luta contra o aumento da passagem em 2011 e em 2012, para exigir a municipalização total da frota de ônibus, garantindo salários dignos aos rodoviários, melhores serviços à população, e passe-livre para estudantes e desempregados.


Teresina, 17 de maio de 2013

Direção Estadual do PSTU-PI

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pela estatização dos campos de petróleo e gás no Piauí e em todo o país

E que os lucros sejam investidos em Saúde, Educação e Reforma Agrária

Embora comemorada pelos governos Dilma (PT) e Wilson Martins (PSB) e pela oposição de direita (PSDB, DEM), o leilão de campos de petróleo e gás natural realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no dia 14 de maio representou a maior privatização das últimas décadas no Brasil. A entrega de nossos recursos naturais a preço de banana para grandes empresas privadas, a exemplo da OGX, do bilionário Eike Batista, também foi festejada pela grande imprensa do Piauí, vendendo o falso discurso desenvolvimentista de distribuição de renda e justiça social no Estado.

O que os governos e a grande mídia escondem é que só há uma forma de garantir que os lucros da promissora exploração de gás natural e petróleo no Piauí resultem em melhorias para as condições de vida para a população: se todos os campos de petróleo e gás forem explorados por uma Petrobras 100% estatal, e não por empresas privadas como está sendo defendido até por partidos ditos de esquerda como PCdoB e PT.  Tais companhias privadas estão mais preocupadas em concentrar riquezas e enviar os lucros para o estrangeiro, através da superexploração de mão-de-obra barata no Piauí, não se preocupando com os grandes impactos ambientais que virão através da extração do gás natural e petróleo.

Desde o governo FHC (PSDB), o processo de privatização do petróleo e gás natural avançou rapidamente. Até mesmo a Petrobras foi bastante afetada com a quebra do monopólio da exploração do petróleo, e com a participação cada vez maior de grandes multinacionais no controle acionário da empresa que foi a mais forte estatal brasileira durante décadas. Infelizmente, tal política de privatização da Petrobras (afetada ainda por terceirizações na maioria dos setores) também continuou nos governos petistas de Lula e Dilma, agradando principalmente petrolíferas multinacionais.

É por isso que o PSTU, juntamente com movimentos sociais, constrói a campanha nacional “O petróleo tem que ser nosso”, para que a Petrobras passe a ser 100% estatal e que não mais se permita a exploração de nossas riquezas por grandes empresas privadas.  Para que o petróleo e o gás natural no Piauí (e em todo o Brasil) realmente resultem na geração de empregos e bons salários, e que os lucros – e não somente migalhas dos royalties – fiquem no país para melhoria da Educação e Saúde pública, Reforma Agrária, e para desenvolvimento de pesquisa em nova matriz energética menos prejudicial ao meio ambiente, devemos lutar para que nossas riquezas saiam das mãos dos grandes empresários.

Ao tempo em que o PSTU chama os trabalhadores, a juventude e o povo pobre para lutar contra a entrega do petróleo e gás natural aos empresários, fazemos o chamado para que os movimentos sociais e partidos de esquerda construam conosco uma grande Frente Contra as Privatizações no Piauí, tendo em vista que já estão na mira desses grandes empresários a venda de companhias públicas de Água e Esgoto (Agespisa) e a distribuição de energia (Eletrobras) no Estado.

Não às privatizações!

Teresina, 16 de maio de 2013
Direção Estadual do PSTU-PI

Leia também:

Piauí em leilão: O petróleo e o gás têm que ser nossos. Não à privatização!
Leilão do petróleo: protestos contra a maior privatização da história do país

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Leilão do gás natural do Piauí é continuação da política neoliberal de privatização do PSDB

Tema será abordado em debate de hoje sobre os 10 anos de governo do PT

Nos dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro, acontece a 11ª Rodada de Licitação de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, promovida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Apesar do nome licitação, na verdade, trata-se da continuidade do processo de privatização do petróleo e do gás natural brasileiros iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cuja política inspirou ainda os governos Lula e Dilma, do PT. O tema será abordado hoje (10/05) no debate promovido pelo PSTU sobre os "10 anos de governo do PT. Para quem brilhou a estrela?", logo mais, às 18h30, na sede do partido (rua Desembargador Freitas, 1849, centro)

Nesta rodada da ANP, no entanto, uma novidade. O Piauí, que já vem sendo saqueado por grandes empresas nacionais e multinacionais do agronegócio (soja, cana-de-açúcar, eucalipto) e mineração (opala, ferro, calcário, vermiculita), agora está definitivamente na mira das grandes empresas que exploram o setor de petróleo e gás natural, com 14 lotes da Bacia do Parnaíba em leilão.

O evento de hoje à noite será aberto com exposições do professor Geraldo Carvalho (UFPI) e da pedagoga municipal Letícia Campos, seguido de debate entre os presentes. A atividade tem caráter aberto e reunirá filiados e simpatizantes do PSTU, além de ativistas independentes de diversos movimentos sociais e de outros partidos de esquerda.

De acordo com Daniel Solon, da direção estadual do PSTU, "a cartilha comemorativa de '10 anos'  feita pelo PT mostra uma realidade bem diferente da que temos. No debate desta sexta, faremos uma reflexão sobre o que representaram os 10 anos de PT no governo, mostrando as contradições  dos governos Lula e Dilma. A partir de estudos econômicos, e da análise das políticas aplicadas pelo governo - que foram continuação do modelo econômico do PSDB - evidenciaremos a realidade social no Brasil, e o que esperar dos próximos anos, apontando saídas"

Ao final do debate, a  noite da "Sexta Socialista" continua com atividade cultural, para confraternização dos participantes.

Leia nota do PSTU-PI sobre o leilão do gás natural da ANP acessando o link: http://pstupiaui.blogspot.com.br/2013/05/piaui-em-leilao-o-petroleo-tem-que-ser.html
Leia posição nacional do PSTU sobre a privatização do petróleo através da rodada de licitação da ANP: http://pstu.org.br/node/19323

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Piauí em leilão: O petróleo tem que ser nosso. E o gás também. Não à privatização!



Nos dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro, acontece a 11ª Rodada de Licitação de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, promovida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Apesar do nome licitação, na verdade, trata-se da continuidade do processo de privatização do petróleo e do gás natural brasileiros iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cuja política inspirou ainda os governos Lula e Dilma, do PT.

Nesta rodada da ANP, no entanto, uma novidade. O Piauí, que já vem sendo saqueado por grandes empresas nacionais e multinacionais do agronegócio (soja, cana-de-açúcar, eucalipto) e mineração (opala, ferro, calcário, vermiculita), agora está definitivamente na mira das grandes empresas que exploram o setor de petróleo e gás natural, com 14 lotes da Bacia do Parnaíba em leilão.

Diz-se que a Bacia do Parnaíba é comparada a uma Bolívia no que se refere ao potencial de exploração de gás natural. Especulações a parte, a ANP, desde 2006, investiu R$ 160 milhões em pesquisa somente na Bacia do Parnaíba, justificando o interesse de grandes empresas privadas nacionais e internacionais sobre os 14 lotes em licitação. Na verdade, a OGX, do grande empresário Eike Batista, já vem faturando milhões com a exploração da Bacia do Parnaíba desde o início deste ano de acordo com declarações da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

A 11ª rodada de privatizações da ANP deve ampliar a presença da OGX e ou permitir a entrada de outras grandes empresas na lucrativa e promissora Bacia do Parnaíba, a partir do leilão marcado para a semana que vem. Tal riqueza natural deveria ser explorada, como todas as preocupações sócio-ambientais possíveis, por uma Petrobrás 100% pública, com lucros (e não apenas royalties) investidos nas áreas sociais e em pesquisas sobre outras matrizes energéticas menos agressivas ao meio ambiente. Mas a exploração feita por grandes corporações capitalistas – com os mínimos cuidados ambientais - tem sido comemorada não só pela direita piauiense, como também por partidos ditos de esquerda como o PT e PCdoB.

"O volume de investimentos, a geração de novos postos de trabalho, a renda dos royalties e o dinamismo que essa nova atividade pode trazer à economia piauiense, em especial ao comércio e ao setor de prestação de serviços, são mais do que promissores", disse o deputado federal Osmar Júnior (PCdoB/PI), à agência Câmara. O discurso do "desenvolvimentismo" (como veremos adiante) é sempre esse: promete melhorias para a vida do povo pobre e para a juventude, mas o resultado é sempre o mesmo: altíssimo lucro de grandes empresas que saqueiam os recursos naturais do Piauí, sobrando migalhas para a grande maioria da população, vista sempre como mão-de-obra barata pronta para ser superexplorada. 

O PSTU é contra a privatização do petróleo e gás natural no Piauí e em todo o Brasil através de rodadas de licitação/leilão da ANP e participa da campanha 'O petróleo tem que ser nosso', em defesa de uma Petrobrás 100% Estatal e pelo resgate do monopólio estatal do petróleo, com o fim das concessões às multinacionais sem indenização. Só assim, é possível garantir grandes investimentos de recursos obtidos através do petróleo e gás natural em áreas sociais, barateando o preço da gasolina e do gás de cozinha e, consequentemente, a redução das tarifas de transporte e diminuição de preços de alimentos, dentre outros produtos.

O PSTU faz um chamado a todos os movimentos sociais e ativistas independentes no Piauí a fortalecermos a campanha nacional contra a privatização do petróleo e do gás natural. O petróleo tem que ser nosso. O gás natural também.

Desenvolvimentismo no Piauí: tudo para as grandes empresas

Dado o altíssimo índice de pobreza do Piauí, um dos últimos no ranking de desigualdades sociais no Brasil, é natural que grande parte da população acabe sendo convencida que o leilão dos campos de gás na Bacia do Parnaíba seja algo positivo, ainda mais com as promessas de novos empregos e do insistente discurso do “desenvolvimentismo” criado pelo PT, desde que chegou ao governo federal em 2002.

Naquele ano, no Piauí, cabe ressaltar, o PT chegou ao governo estadual com Wellington Dias, que adotou o slogan de “Governo do Desenvolvimento”. Tal governo foi fundamental para abrir as portas do estado para a implantação e ampliação de grandes projetos econômicos, de altíssimos impactos ambientais, ligados ao agronegócio e exploração mineral, atacando a agricultura familiar e direitos dos servidores públicos.

Os sete anos de governo de Wellington Dias (que foi eleito ao senado em 2010) foi sucedido pelo aliado Wilson Martins (PSB). Wilson seguiu a mesma política de Wellington Dias: comprometeu grande parte do orçamento com pagamento da dívida pública, contraiu mais dívidas para realização de obras em benefício do agronegócio (principalmente estradas e barragens), e política desenfreada de isenção de impostos para as grandes empresas. Na política de isenções fiscais, está prevista a chegada da multinacional Terra Cal, que adquiriu grande quantidade de terra entre os municípios de Floriano e Guadalupe (sul do Estado), para atuar na produção de biocombustíveis, ameaçando territórios quilombolas.

No rastro do “desenvolvimentismo” no Piauí, os efeitos desta política neoliberal: milhares de famílias atingidas por barragens, mais concentração fundiária, mais danos ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que os serviços públicos se tornam cada vez mais precários e privatizados, através das terceirizações. Infelizmente, depois de 10 anos de governo do PT e aliados em nível federal e estadual, o que temos é um Piauí loteado por grandes corporações, de norte a sul do Estado.


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