quinta-feira, 9 de agosto de 2012

População se queixa de falta de atendimento em postos e hospitais públicos: PSTU defende estatização total do pólo de saúde



O candidato a prefeito de Teresina pelo PSTU, Daniel Solon, tem ouvido diversas queixas da população sobre a situação caótica da saúde pública em Teresina. "Por onde andamos, ouvimos muitas reclamações sobre a precariedade no atendimento de postos e hospitais municipais. Faltam medicamentos básicos, profissionais de saúde, há muita demora para marcação de consultas em diversas especialidades médicas, quando se consegue fazer um exame, o resultado demora muito a chegar", afirma Daniel Solon. "Para piorar, faltam leitos para atender a população, e os corredores de hospitais estão superlotados", disse.
 
"Os postos de saúde espalhados nos bairros, que poderiam atender decentemente à população, não são capazes de fazer nem mesmo procedimentos simples como curativos ou inalação para quem sofre de algum problema respiratório. É o caso, por exemplo, da Unidade de Saúde da Família Cidade Verde, a antiga Climur, localizada no bairro Mafuá. Quem precisa fazer um simples curativo naquela região tem que procurar o hospital do Matadouro, muito distante de casa, tendo gastos enormes com transporte. A população mais pobre acaba sem ter como procurar atendimento, em diversos casos", afirma Daniel Solon. "Já ouvi queixas também de falta de medicamentos para diabéticos na USF Cidade Verde, dentre outros postos e hospitais de Teresina. É um absurdo que sobre dinheiro para privilégios como o auxílio-paletó dos vereadores e falte material e medicamento básico em postos e hospitais públicos", continuou.
"A demora para se realizar cirurgias coloca centenas de pessoas em risco de morte ou de sequelas evitáveis. Em visita que fiz ao assentamento Nossa Vitória, na zona rural sudeste de Teresina, ouvi o drama do trabalhador rural Clebert Pereira da Silva. Ele tenta uma cirurgia há dois meses em uma das pernas, devido a um acidente que sofreu. Ele já passou pelo HUT e pelo HGV, mas a cirurgia é sempre desmarcada. O assentado corre o risco de perder a perna, devido ao agravamento de sua situação", disse Daniel Solon.
De acordo com Daniel Solon, o problema do caos da saúde pública em Teresina se resolverá com a contratação via concurso público de mais profissionais de saúde, além da ampliação do número de hospitais e postos públicos. "Hoje, 79,5% dos postos e hospitais em Teresina são privados. É inadmissível que empresas privadas lucrem com a falta de saúde do povo. Defendemos que o pólo de saúde seja 100% estatal e que nenhuma verba do SUS seja repassada para a iniciativa privada. É preciso aumentar os recursos para a Saúde, garantindo melhores salários para os profissionais de saúde e redução das estafantes jornadas de trabalho das categorias de saúde, sem redução salarial. Para isso, defendemos o fim das terceirizações, a nomeação dos profissionais concursados e a realização de novos concursos para todas as especialidades médicas e categorias profissionais da saúde", disse Daniel Solon. "Defendemos ainda a saúde preventiva e o investimento em saneamento básico. A valorização de agentes comunitários de saúde e agentes que fazem combate a endemias tenham um plano de cargos e salários que garanta melhores salários, redução da jornada de trabalho sem redução de salários e outros direitos. É preciso ainda que o país invista pelo menos 6% do PIB em saúde pública", defende o candidato.