quinta-feira, 2 de agosto de 2012

PSTU defende criação de empresa pública de gerenciamento do lixo

                           
                                     

O candidato a prefeito de Teresina Daniel Solon, visitou na tarde desta quinta-feira (02), o lixão da cidade, localizado no KM 7, zona sul da capital. Em conversa com técnicos e catadores de lixo, Daniel Solon constatou que recolhimento e destinação final dos resíduos sólidos não atentam para a questão ambiental e nem para o aproveitamento econômico do que é aterrado.

 O serviço de coleta de lixo domiciliar é altamente lucrativo para a empresa que explora o setor. A população, no entanto, reclama da qualidade do serviço prestado pela empresa, e também pelo trabalho de limpeza das ruas e calçadas e podas feito pela prefeitura.

“Não existe um sistema adequado de coleta e separação de lixo, os caminhões não são adaptados para a realização da coleta seletiva e também a população não é estimulada a fazer a separação do lixo correta”, afirmou. A população mais carente é que mais sofre com a falta de recolhimento de lixo, completou.

Sobre a estrutura de recebimento do lixo de Teresina, Daniel Solon afirma que “o aterro do KM 7 não pode ser considerado um aterro sanitário, já que ele não possui a manta protetora do solo que impede o chorume de ter contato com o lençol freático. O resultado é que o líquido produzido com a prensagem do lixo acaba circulando livre pelo solo, causando graves problemas ambientais”, afirmou Daniel Solon.

Segundo o candidato, com a ausência de um gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, os problemas são, além de ambientais também sociais, já que os catadores não têm direitos trabalhistas e se submetem a situação insalubre de trabalho. 

Os próprios funcionários da empresa de recolhimento do lixo recebem péssimos salários e trabalham em más condições.

“Defendemos a criação de uma Empresa Pública de Limpeza que vai se responsabilizar pela coleta, transporte, separação e destinação final dos resíduos sólidos. Uma usina para fazer a transformação dos resíduos em produtos, e aproveitamento de energia (gás metano), que podem gerar empregos. Os catadores precisam também ter direitos trabalhistas garantidos, além de condições de trabalho seguras. Defendemos ainda um trabalho de educação ambiental voltado para o aproveitamento do material reciclável”, declarou o candidato.

ATERRO SANITÁRIO (*) - A Política Nacional de Resíduos Sólidos obriga as cidades de maior porte a terem legislação ambiental que atente para a questão do lixo nos municípios e a obrigação de se ter aterros sanitários. Em Teresina, não há ainda um aterro sanitário. De acordo com informação da empresa Sustentare, que monopoliza a coleta do lixo e gerencia o lixão do KM 7 (aterro controlado), está sendo construído um aterro sanitário em área vizinha dali, com capacidade para 10 anos de uso, ou seja, um tempo de uso bastante curto. No momento, a Prefeitura responde a processo por possível irregularidade na construção de uma central de tratamento de resíduos sólidos, no limite com o município de Nazária, sem obedecer a legislação ambiental (veja aqui). O PSTU defende a criação de um aterro sanitário que atenda tanto as necessidades de Teresina, como atente para as questões de preservação do meio ambiente. Como está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, a criação do aterro sanitário deveria contar com a participação de ambientalistas e também de municípios que fazem parte da chamada "Grande Teresina".  Tanto o aterro sanitário como todo o processo de coleta e destinação final dos resíduos sólidos - hoje sob controle de uma empresa privada - devem estar sob controle total de uma empresa 100% pública, com o devido controle social.


           
            
         

            

           
             
* Trecho Inserido/Atualizado em 23/08/2012