quarta-feira, 9 de maio de 2012

NOTA DE APOIO DO PSTU À LUTA DAS/OS TRABALHADORAS/ES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO PIAUÍ

O desmando na educação pública piauiense não é novidade pra ninguém. Porém, diferentemente do que afirmam o governo e a grande imprensa, esse cenário não é de responsabilidade dos/as trabalhadores/as em educação. 

Nos últimos anos, sob os governos do PT e do PSB de Wellington Dias e Wilson Martins, respectivamente, a educação pública estadual sofreu duros ataques. As pautas dos/as trabalhadores em educação e as principais demandas do ensino público foram negligenciadas. E o pior: em 2003, com o apoio da diretoria do SINTE (ligada ao PT e PSB), alguns direitos chegaram a ser retirados dos professores/as. 

É impossível garantir a qualidade do ensino sem a valorização dos profissionais em educação. No entanto, nem mesmo o pagamento do rebaixado Piso do Magistério (R$ 1.451,00) estabelecido pelo MEC é cumprido pelo governo Wilson Martins. Em Teresina, o prefeito Elmano Ferrer (PTB) só recuou da intransigência e implantou o piso, após 87 dias da vitoriosa greve dos professores municipais. 

A greve na Educação Estadual bate de frente contra a política de arrocho salarial do governo e também de precarização cada vez maior do ensino. Terceirizações, contratos temporários, fechamento de escolas e aumento da carga de trabalho dos profissionais são as medidas implementadas por Wilson Martins e pelo secretário-empresário Átila Lira (que é dono de faculdades particulares e tem todo interesse em continuar sucateando a UESPI e as escolas públicas). É a mesma lógica neoliberal imposta pelo Governo Dilma (PT) de precarização e privatização dos serviços públicos. 

Os FORA DA LEI querem criminalizar nossos movimentos 

Além da precarização, o governo Wilson impõe retirada de direitos, como a regência, tudo com o apoio incondicional do PT, PCdoB e outros partidos. O PCdoB, aliás, não só votou a favor do projeto que retirou a regência, como foi a público, através do deputado Robert Rios, para culpar a greve dos professores pelo aumento dos índices de violência no Piauí. 

Crime mesmo é não cumprir a Lei do Piso do Magistério. Repudiamos toda e qualquer forma de criminalizar o movimento dos trabalhadores em educação. A greve dos profissionais em educação, além de legítima, é muito justa. Por isso, chamamos sindicatos, partidos de esquerda não governistas, movimentos estudantil e popular a manifestar apoio à luta dos trabalhadores em Educação e repudiar qualquer tentativa de criminalização da greve. 

Todo apoio à greve das/dos trabalhadoras/es da Educação!
Pelo cumprimento imediato da Lei Nacional do Piso, rumo ao Piso do DIEESE! 

Pelo retorno da regência dos profissionais da educação, sem congelamento! 

Em defesa da educação pública, de qualidade e gratuita! 

10% do PIB para a educação pública já!

Wilson Martins e o PT nunca mais!

Por um governo socialista dos trabalhadores!