quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Geraldo participa de atividades em Floriano nos dias 23 e 24 de agosto
Greve completa 120 dias! Todo apoio aos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego(MTE)!!
"Somos todas Denise Laiany!" Chega de violência! Abaixo o machismo!
Hoje pela manhã, familiares e amigos de Denise Lainy, de 16 anos, que foi assassinada no último dia 22, em praça pública, pelo ex-companheiro, no bairro Parque Piauí, zona sul de Teresina, fizeram passeata pelas ruas do centro da cidade. Os manifestantes cobraram plena aplicação da Lei Maria da Penha e denunciaram que a vítima foi assassinada, mesmo depois de ter registrado boletim de ocorrência contra seu agressor, por conta das ameaças que vinha recebendo.
SOMOS TODAS DENISE LAIANY:
NÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
ABAIXO O MACHISMO!
APLICAÇÃO PLENA DA LEI MARIA DA PENHA!
PUNIÇÃO EXEMPLAR AOS AGRESSORES!
A violência sofrida pelas mulheres ocorre de inúmeras formas. A exploração capitalista faz com que nós sejamos as mais pobres, aquelas que mais trabalham, as profissionais que ganham menos e as que mais adoecem.
No Brasil, a cada quatro segundos, uma mulher é vítima de algum tipo de violência. No dia 22 de julho de 2010, aconteceu mais um crime de violência contra a mulher no Piauí. Denise Laiany foi assassinada pelo ex-companheiro em uma praça pública de Teresina.
A jovem de 16 anos, que era mãe e estudante, foi mais uma vítima do machismo e da violência. Antes de ter sua história pintada nas páginas policiais de todos os jornais da cidade, Denise procurou ajuda e prestou queixa sobre as ameaças que vinha recebendo. Nada foi feito e, lamentavelmente, o Estado do Piauí não garantiu a segurança necessária a esta jovem mulher que teve sua vida brutalmente interrompida.
A morte de Denise não é apenas mais um caso policial, que reforça as estatísticas. É um problema social que envolve a todos e todas, pois sua morte está ligada ao machismo. Estes crimes ocorrem devido à cultura de propriedade do homem sobre a mulher. Neste sentido, ações de autoritarismo, assédio, humilhação, desrespeito e violência tornam-se cada vez mais naturalizadas. A incorporação do machismo como forma de o homem se sobrepor à mulher para obter vantagens, devido suas diferenças, na realidade, tenta esconder a opressão e a degeneração da sociedade capitalista, machista, homofóbica, arcaica, desigual, injusta e insustentável.
Desta forma, além da exigência de punição exemplar ao assassino, deve-se também exigir a plena aplicabilidade da Lei Maria da Penha através da estruturação do serviço de segurança pública que garanta funcionalidade às delegacias especializadas em crimes contra mulher, como centros de referência e mais verbas para implementação destas ações.
O machismo atinge a todas as mulheres, tanto as burguesas como as mulheres da classe trabalhadora com a grande diferença de que as ricas conseguem acionar com êxito os frágeis mecanismos de defesa. Já a possibilidade de reagir e libertar-se diante de uma agressão é diferente para as mulheres trabalhadoras, que sofrem com o desemprego e muitas vezes dependem financeiramente do homem que as agride. Quando mães, não têm creche para deixar os filhos, portanto, não podem trabalhar, dificultando sobremaneira a possibilidade de emancipação das mulheres do jugo machista.
Sabemos que a melhor forma de combater a opressão machista e a exploração capitalista é a construção de uma sociedade socialista. No entanto, desejamos que a morte de Denise nos impulsione, DESDE JÁ, a refletir e transformar as relações entre homens e mulheres, até desnaturalizar a violência. Para isso é necessária a PUNIÇÃO EXEMPLAR a todos os agressores. A violência contra a mulher diz respeito a todos/as nós.
CENTRAL SINDICAL E POPULAR- CONLUTAS